terça-feira, 23 de dezembro de 2014

REFLEXÕES SOBRE OS FESTEJOS DO NATAL: PRECISAMOS MANTER O FOCO

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Reflexões sobre os festejos do Natal:

precisamos manter o foco

 

Marcia Machado da Luz

 

 

Recentemente assisti o filme “O Estranho Mundo de Jack” do cineasta Tim Burton. O filme relata a história de Jack Skelligton, o rei da Cidade do Halloween, que comanda o dia das bruxas.

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Na história, após anos e anos de macabros eventos, Jack estava entediado e depressivo. Andando sem rumo, saiu de sua cidade e foi parar na Cidade do Natal. Lá ficou encantado com tudo o que viu e ouviu – as luzes, as cores, os presentes, os enfeites, os doces com sua beleza e perfumes, as canções natalinas e a alegria das pessoas. O rei do terror teve, então, uma idéia – iria pegar para si o Natal e faria uma grande e bela festa de Natal com a ajuda dos habitantes de sua cidade. Voltou para lá, convocou todo mundo para ajudar e os preparativos para o Natal começaram. Jack pesquisou sobre o Natal em livros, desmontou presentes para ver como eram por dentro e até mandou seqüestrar Papai Noel para tomar seu lugar.

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Todos trabalhavam e se empenhavam, mas o resultado foi um grande desastre. Por não conhecerem o Natal, sua alegria, beleza e bondade, os habitantes transformaram tudo em um grande horror. Os presentes eram coisas horripilantes, as renas de Papai Noel eram esqueletos, o trenó um caixão. Com os pensamentos próprios do dia das Bruxas, o Natal saiu grotesco e os presentes distribuídos assustaram e até atacaram os presenteados.

Essa história mostra claramente que reproduzimos em nossas experiências aquilo que pensamos. Como só conheciam o que assusta e amedronta, os habitantes da Cidade das Bruxas não puderam fazer algo belo e agradável.

É muito importante cuidarmos de nossos pensamentos a fim de não reproduzirmos em nossas experiências o que não é bom. Mary Baker Eddy, no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, refere-se a isso no seguinte trecho: “Todos nós somos escultores, que trabalhamos em formas variadas, modelando e cinzelando o pensamento. Qual é o modelo que está diante da mente mortal? Será a imperfeição, a alegria, a tristeza, o pecado, o sofrimento? Aceitaste o modelo mortal? Acaso o estás reproduzindo? Então és perseguido em teu trabalho por escultores viciosos e formas hediondas . Não ouves todo mundo falar do modelo imperfeito? O mundo põe-no diante de teus olhos. O resultado é que ficas propenso a seguir esses padrões inferiores, a limitar a obra de tua vida e a adotar na tua experiência o contorno anguloso e a deformidade dos modelos da matéria”.  (p.248)

Isso fez pensar no Natal e como esta festa praticamente se transformou em um evento comercial. Não vejo nada de errado em presentear as pessoas que amamos, em recompensar aqueles que nos ajudaram durante o ano, em enfeitar nossas casas, reunir as pessoas amadas, mas fazê-lo e dizer que é a comemoração do nascimento de Jesus e colocar como figura central desta comemoração o Papai Noel, é um total equívoco.

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Devemos ensinar nossas crianças, filhos, netos e alunos da escola dominical, a discernirem os fatos. Papai Noel, brinquedos, presentes, são tradições que com o passar do tempo foram tomando lugar do verdadeiro sentido do Natal. E se não mantivermos o pensamento  correto, corremos o risco  de perder a mensagem verdadeira do Natal.

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www.marybakereddylibrary.org

 

Em um artigo intitulado: Natal para crianças (The First Church of Christ, Scientist and Miscellany - p. 261) a Sra. Eddy nos fala o seguinte: “Parece-me que amorosos pais e tutores de jovens muitas vezes perguntam: Como podemos alegrar o Natal das crianças e também beneficiá-las com isso? A sabedoria de seus responsáveis que procuram conhecer Deus parece amplamente preparada para isto, conforme o costume dos tempos e para suprir completamente a alegria juvenil. Deixem que isto continue assim, mas com uma exceção: não se deveria ensinar às crianças a acreditarem que Papai Noel tem algo a ver com esse passatempo. Um engano ou mentira nunca é sábio. Nunca se fará demais para bem proteger e guiar a germinação e o poder do pensamento infantil.”

O nascimento de Jesus, sua missão, seus ensinamentos e curas, devem ser relembrados e celebrados no Natal e os festejos devem expressar os motivos sinceros de amor, bondade, compaixão, paz e a espiritualidade inerentes ao Cristo. Caso contrário, reproduziremos algo grotesco, ditado pelo materialismo, cheio de motivos egoístas, ciúmes, invejas e ganância. E, tal como o Natal de Jack Skelligton, essa festa não preencherá seu objetivo. Em vez de trazer alegria e paz, trará insatisfação.

Todos que amam o Natal certamente estão atentos para ouvirem os anjos do Amor divino, que dirige os passos da humanidade rumo ao Cristo, que ficou tão evidente na vinda de Jesus.

 

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  Marcia Machado da Luz, CS - Praticista da Ciência Cristã

 

Fonte: Reflexões sobre os festejos do Natal: precisamos manter o foco foi   publicado originalmente  em http://www.cienciaesaude.com.br . Publicado neste blog em dezembro de 2012, juntamente com outro texto sobre o Natal . Republicamos hoje por continuar atual.

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GLOSSÁRIO de Ciência e Saude com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy:

Anjos. Pensamentos de Deus que vêm ao homem; intuições espirituais, puras e perfeitas; a inspiração do bem, da pureza e da imortalidade, atuando contra todos o mal, toda a sensualidade e toda a mortalidade.

Cristo. A divina manifestação de Deus, que vem à carne para destruir o erro encarnado.

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